quinta-feira, 8 de agosto de 2013

RESENHA | A Identidade Bourne (Robert Ludlum)

Título no Brasil: A Identidade Bourne (2000)
Título Original: The Bourne Identity (1980)
Autor: Robert Ludlum
Edição: 1ª
Número de Páginas: 510
Editora: Rocco
ISBN-10: 8532511074

SINOPSE: Jason Bourne não tinha passado. E talvez não tivesse futuro. Sua memória é uma página em branco. Para ele, o dia em que nasceu foi aquele em que seu corpo varado de balas foi resgatado das águas tranquilas do mar Mediterrâneo. O médico alcoólatra que o salvou da morte descobre que seu inesperado e estranho paciente trazia um microfone cirurgicamente implantado no quadril e evidências de que seu rosto fora modificado por cirurgia plástica. De onde teria vindo aquele homem sem memória que em seus delírios comatosos falava em três línguas diferentes coisas incompreensíveis como códigos e nomes de cidades desconhecidas? A trama se complica quando o microfone revelado mostra o número de uma conta em um banco da Suíça cujo saldo estarrecedor é de alguns milhões de dólares. Disposto a descobrir sua identidade, nosso homem parte para a Suíça e lá descobre que o seu nome é Jason Bourne, um americano de Nova York, dono de uma empresa desconhecida chamada Treadstone Seventy-One Corporation. No entanto, o seu retorno tem um preço, e a caçada tem início novamente, pois Jason Bourne é um homem marcado para morrer.

MINHA LEITURA DO LIVRO:
Há alguns meses eu entrei numa caçada aos livros que deram origem aos tão badalados filmes da Trilogia Bourne. Demorei muito para conseguir já que, por serem muito caros, eu optei por trocá-los no skoob, e todos sabem que fazer uma boa troca demanda paciência.
A Identidade Bourne, lançado em 1980 pelo americano Robert Ludlum é um triller fictício de espionagem que te deixa horas preso nas páginas, com reviravoltas, personagens envolventes e perseguições.
Um homem desconhecido, baleado na cabeça, é jogado de um barco no Mar Mediterrâneo. Encontrado ainda vivo por pescadores, em condições precárias, é levado às pressas para uma pequena ilha, na esperança de que o médico local (um alcóolatra que se refugia na pequena ilha de île de Port Noir, na Costa da França) possa salvá-lo.  Pelas próximas 3 semanas, aquele estranho estaria num estado de coma, com o médico zelando enquanto observava marcas que haviam no corpo do paciente.  Quando finalmente acorda, nenhuma lembrança.  É assim que começa “A Identidade Bourne”.
Ele não tem qualquer memória ou sequer um nome. Seu rosto, feito sob encomenda para ser um camaleão: várias cirurgias plásticas dão o dom de transformá-lo em uma pessoa diferente com pequenas mudanças. E um microfilme implantado em sua coxa, contém um número, que o levará à uma conta bancária com 5 milhões de dólares no tão prestigioso Gemeinschaft Bank em Zurique, Suíça.
Após sua recuperação sob os cuidados do médico alcóolatra, Dr.Washburn, o homem desconhecido decide partir com destino à Suíça, numa escapada muito bem descrita pelo autor, para o que seria a primeira pista sobra a sua identidade: Jason Bourne. Esse é o nome que encontra quando consegue acesso à conta numerada no Gemeinschaft (me deixem comentar, deve ser um luxo ter uma conta não identificada num banco suíço).
Mas movimentar uma conta desse tipo, alerta todo tipo de agência de informações e espionagem. Jason Bourne é abruptamente reconhecido por pessoas que o tinham como morto e a notícia de seu aparecimento em Zurique corre pelas salas da CIA, como um pesadelo sem fim. Na outra ponta do espectro, Carlos - um assassino profissional – mobiliza toda a sua rede de informantes, numa perseguição insana e sem limites à Bourne.
No meio do caminho Bourne acaba sequestrando Marie St. Jacques, um tipo de gênio financeiro que viria a completar o intricado quebra-cabeça formado no thriller escrito por Ludlum para descobrir o passado de Jason Bourne e os motivos pelo qual tanta gente o quer morto.
Da primeira à última página, Robert Ludlum não decepciona! Ele mantém num bom ritmo o suspense e o mistério. Aqueles ganchos que te tiram o fôlego durante a leitura podem ser encontrados em qualquer lugar do livro e não somente nos finais dos capítulos, o que particularmente é muito legal num livro assim. Torna tudo muito dinâmico.
Os personagens são bem construídos e durante a leitura, é possível observar em primeira mão a linha de raciocínio de Jason enquanto ele toma decisões. Os cenários são incríveis e muito bem descritos. Uma Europa ainda não invadida pela loucura da tecnologia moderna (e você vai se lembrar disso nas diversas cenas em que eles precisam usar cabines telefônicas para se comunicar ao invés de telefones celulares não rastreáveis ou ligações por IP).
Redes de espionagens, traições, intrigas, incertezas, muito dinheiro, mentiras e uma história a ser escondida. Foi tudo isso que me fez querer ler “A Identidade Bourne”. Se você viu o filme, não se preocupe! O livro vai flertar com sua visão, mas criará um novo conceito para o título.  Eles modernizaram a história e transformaram o livro numa referência apenas, que na minha opinião, reescreveu todo este universo.

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