sexta-feira, 28 de junho de 2013

DESCOBERTA | O Tango da Velha Guarda (Arturo Pérez-Reverte)

Descobri O Tango da Velha Guarda  de Arturo Pérez-Reverte sem querer! Andava a vaguear meu olhar pelas prateleiras de uma livraria num shopping enquanto esperava dar a hora para um compromisso e  me deparei com esse livro. Foi um desses acasos. Eu sou apaixonada pelo tango, embora deva dizer para minha vergonha, que pouco conheça seus fundamento ou história, quiçá saiba dançá-lo (coisa que me deixa frustrada demais da vida!)Pois bem, puxei o livro da prateleira e no folhear me apaixonei. Mas como estava com pouco tempo e sem dinheiro, só tive tempo para gravar o nome do autor e do título! 

SINOPSE: Aos 43 anos, o famoso compositor Armando de Troeye embarca rumo a Buenos Aires. Na mente, um tango inacabado. Nos braços, a bela esposa Mecha Inzunza. Durante a travessia, conhece Max Costa, um dançarino de tango, nascido nos subúrbios portenhos. Um homem marcado pela profunda ambição e pelo desejo de romper com as convenções.
E os três começam um estranho relacionamento... tão sensual quanto dramático, exatamente como o ritmo que lhe serve de trilha sonora. Uma história de amor entre heróis cínicos e esgotados, a trepidante aventura de Max e Mecha nos leva a percorrer três cenários distintos ao longo do conturbado século XX.
O primeiro deles, o submundo da Buenos Aires de 1928, por conta de uma inusitada aposta entre músicos. Depois Nice, França, em 1937, em meio à Guerra Civil Espanhola, intrigas, espionagem e os primeiros ares da Segunda Grande Guerra. Por fim, a italiana Sorrento, nos anos 1960, em uma decisiva e enigmática partida de xadrez.
Narrado com vigor admirável, O tango da Velha Guarda é um romance de traições e paixões. Tango, vinho e milongas. Um olhar delicado e pungente sobre o amor, da loucura da juventude à melancolia da velhice, e também um testemunho de uma Europa em profunda transformação.

Me dei conta de procurar...quase uma semana depois, relapsa que fui! 
Qual não foi a minha surpresa quando encontrei um hotsite do livro na página do Grupo Editorial Record. Além de você ter acesso à um capítulo do livro (que poderá ser degustado ao som de um delicioso tango tocado por uma rádio típica), também há um vídeo do autor falando da obra. Abaixo uma reportagem sobre o lançamento do livro: 


'O Tango da Velha Guarda': novo livro de Pérez-Reverte

Era 1990 e o escritor espanhol Arturo Pérez-Reverte se encontrava em uma encruzilhada literária: escrevera 40 páginas do novo romance, mas já sabia que não produzia um grande trabalho. "Eu estava com 39 anos e descobri que me faltavam vivência, rugas, dores nos rins ao me levantar pela manhã, enfim, todos os dissabores de um homem de 60 anos, que percebe a vida desmoronando - esse era o perfil do meu personagem principal", disse o autor ontem (18) à reportagem, em entrevista por telefone de Madri. "O passar do tempo me deu condições necessárias para escrever com segurança, além de me permitir fazer pesquisas úteis sobre moda, jazz, xadrez, tango."

Tamanho cuidado não foi em vão: O Tango da Velha Guarda, lançado agora pela editora Record, é uma complexa e apaixonada trama em três atos, que revela dor e intrigas ao som caliente do tango, além de traçar um retrato da Europa nos anos 1920, 30 e 60. Tudo começa com a viagem de navio do famoso compositor Armando de Troeye a Buenos Aires. Ao lado da bela esposa Mecha Inzunza, ele carrega, na mente, um tango inacabado. Durante a travessia, conhece Max Costa, um dançarino nascido nos subúrbios portenhos, homem marcado pela profunda ambição e pelo desejo de romper com as convenções.

Cria-se um estranho relacionamento entre os três, convivência que navega, ao sabor das ondas, entre o sensual e o dramático. E sempre sob o tom melódico, cadenciado do tango, ritmo que exige do intérprete alguma coisa mais do que a perícia - malícia, ginga, jogo de cintura e até uma certa irresponsabilidade interpretativa.

"O tango é a forma musical mais plástica para se mostrar o sexo entre um homem e uma mulher, vestidos e na vertical", comenta Pérez-Reverte. "Por conta disso, eu me dediquei muitas horas na escrita, caçando adjetivos e advérbios certos, buscando moldar o diálogo do romance até chegar à mesma sensualidade no ritmo das palavras."

Ferrenho admirador dessa música essencialmente argentina ("Frequentei muitos salões de dança em Buenos Aires, onde admirava os casais"), o escritor espanhol desenvolveu uma curiosa teoria sobre o tango - para ele, é errônea a ideia de que o homem é quem comanda os passos. "Essa é a impressão clássica, mas, basta observar com atenção para se descobrir que é a mulher que tece uma teia de insinuações, geometria, sentimentos."

O TANGO DA VELHA GUARDA - Autor: Arturo Pérez-Reverte. Tradução: Luís Carlos Cabral. Editora: Record (392 páginas, R$ 39,90).

19 de junho de 2013 | 9h 45 


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