RESENHA | Evernight Vol.1 - Noite Eterna (Claudia Gray)

	Título no Brasil: Noite Eterna (2010) Título Original: Evernight (2008) Autor: Claudia Gray Tradutores: Martha Argel e Humberto Moura Neto Edição: 1ª Editora: Planeta Número de Páginas: 304 ISBN: 9788576655022 Estante do Skoob
SINOPSE: Sucesso nos Estados Unidos, Noite Eterna acompanha a história de Bianca Olivier, uma menina que vai viver sua história de amor em uma escola nada comum. Uma das pioneiras na tendência de romances misteriosos, Claudia Gray traz uma narrativa de tirar o fôlego. Bianca acaba de deixar a cidade pequena onde vivera sua vida inteira. Ela é aluna nova em Noite Eterna, uma escola misteriosa, onde seus colegas parecem perfeitos demais para ser verdade: inteligentes, sagazes e quase predatórios. Bianca sente-se como se não pertencesse àquele lugar, até que conhece Lucas, que parece determinado a não se tornar mais um dos tipos esquisitos. A química entre os dois é inegável e Bianca se vê disposta a arriscar tudo para viver este amor. Mas alguns segredos obscuros vão surgir no caminho e farão a jovem questionar tudo em que até hoje acreditou.
MINHA LEITURA DO LIVRO: Noite Eterna acompanhou a onda de YA com vampiros que o sucesso da Saga Twilight desencadeou em todo o mundo. Publicado originalmente em 2008, foi o primeiro de uma série de 4 livros, e foca na luta de Bianca Olivier para se adaptar na nada convencional Evernight Academy – um internato assustadoramente gótico, com alunos inteligentes, elegantes, bonitos...de uma forma assustadoramente perfeita. Bianca tem 16 anos e se vai relutante para o colégio por decisão dos pais, mas não consegue se encaixar nem entre os ricos e belos, nem entre os párias sociais, ficando praticamente sozinha no meio de uma multidão que parece apenas tolerá-la na maior parte das vezes. Num surto adolescente (e muito clichê), ela resolve fugir do colégio mas esbarra com Lucas – outro aluno que definitivamente parecia não se adequar ao internato. Pega de surpresa por sua frustrada fuga, ela volta pro dia-a-dia do internato e tornando-se amiga de Lucas e seu ‘roomate’ Vic (que é um dos meus personagens favoritos em todo a série!), e de Raquel – uma menina estranhamente solitária como Bianca. Em contrapartida, após pouco tempo Bianca já faz inimizades um tanto perigosas como Courney e Erich, alunos que parecem de alguma forma serem a cara daquele lugar que beira de alguma forma a um abismo gótico. Outro personagem interagindo constantemente com Bianca é Balthazar (o cara do tipo ‘quem criou jogou a fórmula fora’), que nutre um ‘extremo carinho’ pela garota, apesar da diferença de idade. Os segredos parecem ser tantos dentro do internato, que chegam a confundir o papel dos personagens em alguns momentos. As reviravoltas na história são (apesar de algumas vezes óbvias para mim) interessantes e intensas, mas acontecem após um lento início do livro (o que faz com que muita gente desista da leitura antes do livro se tornar realmente emocionante). As máscaras por detrás das situações, das atitudes e dos acontecimentos dentro da Evernight Academy caem deixando um rastro que pode desmoronar a felicidade de Bianca e Lucas, que se encontram apaixonados, sem que saiba a natureza real do outro. Aliás, o que se percebe é que aquele ano escolar é tremendamente atípico, tendo em vista que o internato, inicialmente criado apenas para vampiros, agora recebe alunos humanos também, tentando integrar os primeiros dentro da sociedade sem criar grandes impactos e sem expor ao mundo sua presença. Tudo começa a parecer aceitável para Bianca, até que o comentário de que um ancestral de Lucas já frequentara aquela escola, movimenta radicalmente toda a trama e quebra de vez o sonho dourado que a garota parecia estar vivendo. Resenhar esse livro sem dar spoilers é difícil. E enquanto eu escrevia sobre ele eu pensava nas várias coisas que tornam a história legal (mesmo sendo mais um livro sobre vampiros). Quando li pela primeira vez, me pareceu um misto de Twilight, com Vampire Academy e House of Night, mas ao passar das páginas essa visão se apagou. A autora não se manteve presa nos pontos óbvios e nem na mitologia vampírica. Ainda assim a história não chegou num ponto de mudar completamente a visão sobre os vampiros. Não há nesse caso, um momento Bem vs Mal e sim uma história de séculos com julgamentos equivocados e ações estúpidas, culminando numa caçada para evitar os banhos de sangue do passado. O livro não vai revelar todos os segredos da Evernight Academy, mas a história tem uma conclusão. Fecha-se um ciclo, deixando aberta a porta para o livro seguinte, com um gosto de quero mais. Para quem é fã de vampiros, ou mesmo pra quem quer aproveitar o tempo lendo algo que não vai exigir muito, apenas a diversão da leitura, eu recomendo.